Microsoft e Sony fecham acordo para Call of Duty no PlayStation

Acordo entre Microsoft e Sony garante presença de Call of Duty no PlayStation após aquisição da Activision Blizzard.
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A polêmica compra da gigante dos jogos Activision Blizzard pela Microsoft está prestes a ser concretizada após um acordo crucial entre a Microsoft e sua arquirrival Sony.

No domingo passado, a Sony assinou uma licença para o jogo mais popular da Activision, o aclamado Call of Duty, depois que o acordo de aquisição foi concluído.

Essa decisão representa uma trégua em uma batalha de 18 meses entre as duas empresas, na qual a Sony se tornou a maior opositora da aquisição. Além disso, a Microsoft obteve avanços regulatórios tanto nos Estados Unidos quanto no Reino Unido na semana passada, aproximando-se cada vez mais da concretização de um negócio que promete reconfigurar a indústria de jogos.

A maior preocupação da Sony em relação à aquisição era o temor de que a Microsoft tornasse Call of Duty exclusivo para seu console de jogos Xbox e outros serviços, prejudicando a concorrência. No entanto, o acordo firmado no fim de semana parece ter resolvido essa questão.

Phil Spencer, chefe da divisão de jogos Xbox da Microsoft, anunciou no Twitter que as empresas assinaram “um acordo vinculativo para manter Call of Duty no PlayStation após a aquisição“.

Embora os detalhes do acordo não tenham sido divulgados publicamente, a Sony confirmou a nova licença. É importante destacar que a Microsoft já havia assinado licenças de 10 anos para jogos da Activision com outras empresas, como a Nintendo, sinalizando seu compromisso em tornar os jogos da empresa amplamente disponíveis.

Anteriormente, a Sony havia rejeitado uma oferta da Microsoft para licenciar os jogos da Activision, o que levou a tentativas regulatórias nos EUA e no Reino Unido para bloquear o acordo. A Microsoft argumentou que a recusa da Sony não se baseava em preocupações legítimas sobre os jogadores, mas sim em razões competitivas.

Durante a batalha judicial com a Comissão Federal de Comércio dos EUA (FTC), a Microsoft apresentou um e-mail do chefe do PlayStation, Jim Ryan, que garantia a um colega que a empresa provavelmente não tornaria os jogos da Activision exclusivos do Xbox. No entanto, Ryan admitiu posteriormente em um depoimento em vídeo que mudou de opinião ao analisar os detalhes dos termos propostos pela Microsoft.

Ofertas anteriores de licenciamento da Microsoft incluíam jogos para o console PlayStation e o serviço de assinatura PlayStation Plus. Com o acordo firmado agora, é possível que todos os mercados que preocupam os reguladores dos EUA, incluindo o de streaming, possam ser abrangidos.

Recentemente, um tribunal de São Francisco rejeitou o pedido da FTC de impedir temporariamente o fechamento do negócio, e os recursos contra essa decisão também foram negados.

A decisão em São Francisco levou a Autoridade de Mercados e Concorrência do Reino Unido a oferecer adiar sua oposição ao acordo, dando à Microsoft uma nova chance de resolver suas queixas.

As empresas e a CMA (Comissão de Mercados e Concorrência) se reunirão perante o Tribunal de Apelação da Concorrência em uma conferência de gerenciamento de casos na hoje.

A Microsoft havia apelado contra a decisão de abril da CMA de bloquear o acordo, mas ambas as partes solicitaram que o caso fosse adiado enquanto reabriam as negociações. Até o momento, o Tribunal de Apelação da Concorrência não emitiu uma resposta a esse pedido.

Com o acordo entre Microsoft e Sony para manter Call of Duty no PlayStation, mais um obstáculo foi removido para a aquisição da Activision Blizzard pela empresa americana.

Tudo indica que a conclusão desse negócio está cada vez mais próxima, o que poderá ter um impacto significativo na indústria de jogos. Agora, resta aguardar os próximos desdobramentos e ver como a CMA do Reino Unido irá se posicionar após a nova licença assinada entre as gigantes dos games.


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