A Autoridade de Concorrência e Mercados do Reino Unido anunciou a extensão do prazo de revisão da fusão entre a Microsoft e a Activision Blizzard por mais seis semanas.
O órgão regulador tem sido um oponente ferrenho do acordo, que envolve um valor de US$ 69 bilhões. A extensão permitirá que a CMA analise com mais detalhes as propostas apresentadas pelas duas empresas para resolver as preocupações levantadas durante a investigação.
Em abril deste ano, a CMA bloqueou inicialmente a transação devido a preocupações relacionadas à concorrência no mercado de jogos em nuvem. No entanto, nos últimos dias, houve sinais de que o regulador estava disposto a retomar as discussões com a Microsoft, aguardando propostas de reestruturação do negócio que abordem as preocupações identificadas.
O CMA expressou preocupação com a possibilidade de a Microsoft tornar os jogos da Activision exclusivos para sua plataforma, o que poderia prejudicar a concorrência no mercado emergente de jogos em nuvem.
A gigante da tecnologia está de olho nesse setor em desenvolvimento, que permitirá aos usuários transmitir jogos em servidores remotos, sem a necessidade de downloads ou instalações.
As ofertas de concessão feitas pela Microsoft até o momento não foram suficientes para convencer o regulador britânico. As propostas incluíam acordos para licenciar alguns jogos da Microsoft e da Activision para outros provedores de jogos em nuvem.
No entanto, o CMA considerou essas medidas insuficientes para garantir a proteção da concorrência no mercado.
Agora, a Microsoft e a Activision terão que apresentar novas propostas que vão além das ofertas anteriores, a fim de acalmar as preocupações do regulador. Entre as possíveis soluções estão acordos de licenciamento mais abrangentes ou até mesmo uma divisão dos negócios de jogos em nuvem no Reino Unido.
A decisão do CMA de estender o prazo de revisão até 29 de agosto permite que o órgão analise minuciosamente todos os detalhes do acordo e avalie seu impacto na concorrência e no mercado. O regulador está comprometido em garantir que o setor de jogos permaneça aberto, competitivo e benéfico para os consumidores.
Além do Reino Unido, a aquisição também enfrenta desafios nos Estados Unidos. Embora a transação tenha recebido uma decisão favorável de um tribunal norte-americano, a Comissão Federal de Comércio dos EUA entrou com um recurso contra a decisão.
A disputa em ambos os países destaca a complexidade e a importância do acordo de fusão entre Microsoft e Activision, que pode ter implicações significativas para o futuro da indústria de jogos.
Tópicos: CMA, FTC, Activision, Game Pass, Microsoft.
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