A empresa por trás dos jogos League of Legends e Valorant -para PC, e Wild Rift -para mobile, foi processada por discriminação de gênero. A multa que a Riot Games tem à pagar será no valor de US$ 100 milhões, distribuídos para 1.548 mulheres.
Essas mulheres trabalhavam na Riot durante os anos de 2014 e 2021, mas somente em 2018 ocorreram os primeiros casos registrados de sexismo na empresa. O processo foi aberto no mesmo ano, pelos funcionários Melanie McCracken e Jes Negrón.
O processo, que já há um tempo, poderia levar aida mais anos até que pudesse ser de fato encerrado, no entanto, foi acordado entre os envolvidos um montente por volta de US$ 100 milhões de dólares, no total, dividido entre todas as trabalhadoras envolvidas no processo.
Sobre o ocorrido e a multa acertada
Segundo os envolvidos, o que acontecia na empresa era uma forma de discriminação do gênero, por vezes, impedindo a progressão das mulheres na empresa. Algumas mulheres disseram que não recebiam promoções por conta de ‘gostos pessoais’, não somente, como também eram assediadas no ambiente de trabalho.
Muitos funcionários tiveram, inclusive, o poder de fala cessado sobre o assunto, devido acordos de não depreciação assinados antes de deixarem a empresa. Outros chegaram a serem demitidos por simplesmente relatar, no RH, a sua experiência com a empresa.
Segundo o IGN, o valor será distribuído entre todas as mulheres, no entanto, não será igual para todas. O valor varia, para cada uma das envolvidas, entre US$ 2.500 a US$ 40 mil, dependendo das circunstâncias.
De todas as mulheres, sete recusaram o pagamento, restando 1.548 à receberem do fundo de US$ 100 milhões. Dessas, muitas ainda trabalham na Riot, mas também serão compensadas algumas ex-funcionárias.
Toda essa história foi melhor documentada pela equipe da Kotaku, em um relatório online com mais de 30 páginas, ainda em 2018, quando foi aberto o processo. Nesse documento, conta com informações de mais de 20 pessoas que trabalharam na Riot Games.
Algumas informaram que, durante as reuniões, até suas idéias eram descartadas, mas quando um homem dizia as mesmas idéias, a mesma era aprovada. “A empresa dispensa comentários quando se trata de gênero”, disse um ex-funcionário.
Nem mesmo os líderes da Riot levavam a sério as alegações de comportamentos sexistas ou de ações discriminatórias de gêneros. Muitas também relataram que as contratações e promoções não se baseavam em mérito.
Muitos dos homens eram promovidos apenas por estarem “entediados”, segundo um ex-funcionário, indo contra a política de meritocracia da empresa.
Agora, já com o acordo assinado, a Riot Games informou que o valor aguarda aprovação judicial para iniciar a distribuição.
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