
Durante o julgamento com a Comissão Federal de Comércio (FTC) para defender sua proposta de aquisição da gigante dos jogos Activision Blizzard, a Microsoft revela detalhes surpreendentes sobre a negociação em torno de um dos títulos mais populares da indústria: Call of Duty.
Um executivo do Xbox trouxe à tona uma ameaça da Activision de retirar o jogo do Xbox caso a Microsoft não atendesse às demandas de uma divisão de receita mais favorável à empresa.
Desde o anúncio da proposta de aquisição da Activision Blizzard pela Microsoft, com um valor astronômico de quase US$ 70 bilhões, especulações e preocupações sobre o futuro de Call of Duty têm inundado os círculos da comunidade de jogos. Tanto os fãs entusiastas quanto a concorrente direta, Sony, expressaram apreensões quanto à disponibilidade do aclamado jogo no PlayStation, caso a Microsoft assuma o controle da editora.
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Entretanto, no decorrer do primeiro dia do julgamento contra a FTC, um fato surpreendente veio à tona: o CEO da Activision, Bobby Kotick, estava disposto a excluir Call of Duty do Xbox, em anos anteriores, caso a Microsoft não concordasse com uma divisão de receita mais vantajosa para sua empresa, revela um representate da Microsoft.
De acordo com a vice-presidente do Xbox, Sarah Bond, Kotick teria afirmado: “Se não nos dispuséssemos a ultrapassar a divisão padrão de receita, ele se recusaria a disponibilizar Call of Duty no Xbox“. Essa exigência teria sido feita em 2021, o que resultaria em títulos como CoD: Vanguard e Modern Warfare 2 não sendo lançados para o Xbox Series X/S.
Bond explicou que o Xbox optou por aceitar a divisão de receita mais alta a fim de não frustrar os jogadores que esperavam desfrutar dos mais recentes títulos de Call of Duty na Série X/S. Segundo ela, a decisão foi tomada considerando as expectativas dos jogadores e os melhores interesses comerciais da empresa.
Atualmente, a divisão de receita entre a Microsoft e a Activision Blizzard é relatada como 80/20, ou seja, uma porcentagem maior em favor da editora em comparação à divisão padrão da indústria, que é de 70/30.
A aquisição proposta pela Microsoft continua envolta em incertezas, e somente o tempo dirá se o acordo será concretizado e quais serão as implicações para a franquia Call of Duty. A Microsoft já expressou seu desejo de disponibilizar Call of Duty no Xbox Game Pass, apesar das objeções levantadas pela Sony.
À medida que o julgamento avança e informações importantes são reveladas durante o processo, as complexidades das negociações entre as gigantes do setor de jogos estão sendo expostas, levantando questionamentos sobre o futuro da renomada série Call of Duty nos consoles.
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