Hoje, 22 de maio, é o dia em que a Microsoft já pode para fechar o acordo e adquirir a Activision Blizzard, mas talvez ainda não o fará. Isso nada tem a ver com o mérito, pois a Microsoft, de acordo com a lei, já pode iniciar o fechamento do acordo, mas existem coisas além do seu desejo para encerrar o caso; vamos aentender.
Os próximos dias serão, definitivamente, dias decisivos e críticos para os executivos da Microsoft, pois tudo agora depende do momento certo para fechar o negócio.
Isso porque mesmo com a aprovação de 38 países, a Microsoft ainda não dispõe do aval da Autoridade de Concorrência e Mercados (CMA) e da Comissão Federal de Comércio (FTC).
Basicamente, a Microsoft pode fechar o acordo, mas isso levaria a possíveis problemas políticos e financeiros no futuro, além de dificultar futuras negociaões. Diate disso, vamos entender, ponto a ponto, o que aconteceu, está acontecendo e pode ocorrer nas próximas semanas.
China aprova o acordo de fusão da Microsoft e Activision
Semana passada, em 19 de maio, a China aprovou o acordo de fusão entre a Microsoft e Activision. Essa aprovação nào foi como qualquer outra, pois foi por meio dela que a Microsoft conseguiu o apoio necessário para poder concluir a negociação.
Segundo o Seeking Alpha, um popular portal de notícias financeiras nos Estados Unidos da América (EUA), “a Administração Estatal de Regulamentação do Mercado da China concedeu aprovação incondicional para o acordo no final de uma revisão da Fase III“.
Com essa vitória somada à aprovação da Comissão Europeia, a Administração Estatal para Regulamentação do Mercado (SAMR) da China, o acordo atinge uma população de mais de 2,3 bilhões de pessoas em todo o mundo.
Com um Produto Interno Bruto (PIB) avaliado em mais de US$40 trilhões, todos os 38 países que aprovaram o acordo possuem, juntos, um PIB 13x maior que do Reino Unido.
Então, mesmo que a FTC ou CMA não aprove o acordo, a Microsoft já pode fechar a mala e levar a Activision para casa? Não, pois mesmo com essas aprovações, a Microsoft corre sérioes riscos financeiros e de reputação.
CMA e Microsoft
Essa será, talvez, uma das lutas em que a Microsoft vai focar os seus esforços, já que a decisão final ainda não foi tomada pela CMA.
Isso mesmo, a decisão final provavelmente ocorra somente depois do dia 19 de junho, que é a data final para envios de comentários, aberto ao público, que a CMA levará em conta para formular o seu projeto de decisão final.
Até o presente momento tivemos, apenas, um relatório final, constando o parecer da situação das ações da Microsoft observada pela CMA. Por conta disso, a Microsoft ainda pode, e de fato o está fazendo, um apelo a essa decisão.
Segundo a CMA “A decisão final de impedir o acordo ocorre depois que a solução proposta pela Microsoft falhou em abordar efetivamente as preocupações no setor de jogos em nuvem”.
Mas essa decisão deixou a liderença da CMA em uma saia justa, isso porque vários parlamentares, incluindo o Chanceler do Tesouro do Reino Unido, Jeremy Hunt, se mostrou estar insatisfeito com as decisões do órgão regulador.
Agora a CMA não está nada bem, já que duas aprovações de peso foram concedidas pelos órgãos da União Européia e da China.
Parlamentares não estão satisfeitos com a CMA
Fora isso, tivemos um banho de água fria na CMA quando políticos questionaram as decisões de bloqueio e seguintes ao bloqueio da Microsoft. Muitos políticos pressionaram a CMA durante uma audiência com o Comitê de Negócios e Comércio do Parlamento Britânico.
Pois, como muitos sabem, a CMA é um órgão governamental não ministerial, dessa forma, se tornando independente de decisões políticas diretas. No entanto, a CMA não escolhe ou determina as suas próprias políticas, respondendo ainda ao governo do Reino Unido.
Darren Jones, um parlamentar da bancada trabalhista, levantou a decisão de bloquear a fusão Microsoft e Activision. Isso porque a CMA decidiu bloquear mesmo com a proposta da Microsoft em entregar a licença gratuita de jogos via Streaming para todas as empresas desse setor.
Isso soou mais do que uma cutucada, já que a audiência foi um dia após a aprovação do acordo na União Européia, que aceitou a proposta da Microsoft.
Com certeza, caso a Microsoft consegue fechar o acordo sem a aprovação da CMA, mas isso resultaria em uma provável batalha legal – que a Microsoft ganharia, na minha opinião.
Mas isso não é interessante para a Microsoft, pois pode levantar suspeitas de que a Microsoft realmente teria a intenção de atropelar quaisquer ações para conseguir a Activision.
A Microsoft aparentamente teria um grande problema, caso não estivesse com a maioria das aprovações à seu favor.
Isso porque a CMA, com vários políticos contra as suas ideias, ainda tem peso em suas decisões. Embora não seja prudente buscar briga com o próprio Estado.
Pelo que parece, a FTC e a CMA estão tentando dar cobertura uma à outra. Isso porque caso a FTC venha sofrer pressão, tem o argumento de que outros países também são contra o acordo, o mesmo pode ocorrer no lado da CMA.
Se por acaso a CMA já tivesse aprovado, rumores apontam que a FTC já teria entrado com uma lmoção para uma ordem de restrição temporário do acordo.
A Microsoft já pode adquiri a Activision, mas pode fazê-lo apenas em Julho (rumor)
Segundo rumores, a Microsoft pode fechar o negócio entre meados de junho até início de julho. Isso porque os rumores se baseiam em uma iminente resposta da FTC se a Microsoft decidir concluir sem a sua aprovação.
Caso a Microsoft respeite o rito processoal, mas esperar a audiência marcada para 2 de agosto, a FTC pode solicitar uma liminar para uma ordem de restrição temporária (TRO).
Um gráfico simples, criado por Florian Mueller, mostra uma parcela das ações que ocorreram e que ainda podem ocorrer. Claro, com tudo isso acontecendo, muitos analistas sugerem que a Activision está muito mais próximo de se tornar um IP da Microsoft do que imaginamos.
Ainda nos próximos dias podemos ter algumas respostas dos países restantes, são eles: a Nova Zelândia (até 9 de jun.) Canadá, Turquia e Coréia do Sul.
Diretor chefe do website Gamefera. Viciado em jogos desde a época em que jogos ainda eram apenas jogos, ele teve seu primeiro encontro com esse mundo mágico em uma Lan House, que se tornou sua segunda casa. Seu primeiro console de verdade chegou quando ele já tinha os seus 25 anos; aos 12 anos ele já desbravava os limites do seu PC fraquinho, enfrentando Skyrim a 20 FPS como um verdadeiro herói destemido. Nada o impedia de jogar e explorar cada cenário épico que o mundo dos games tinha a oferecer.
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