World of Warcraft, um dos jogos mais clássicos da Blizzard Entertainment, acaba de ver seu time de desenvolvimento se sindicalizar.
Mais de 500 funcionários, incluindo designers, engenheiros, produtores e artistas, formaram a “World of Warcraft Game Makers Guild” (WWGMG), o primeiro sindicato completo dentro da Activision Blizzard.
Além disso, 60 testadores de QA da Blizzard em Austin, Texas, que trabalham principalmente em Diablo e Hearthstone, também se juntaram ao sindicato sob a unidade “Texas Blizzard QA United“.
Segundo a Communications Workers of America (CWA), essa é uma conquista significativa para os trabalhadores da Blizzard.
Um porta-voz da Microsoft declarou que a empresa apoia o direito dos funcionários de escolherem como querem ser representados no local de trabalho e que estão dispostos a negociar de boa fé com a CWA, assim como fizeram com a Bethesda.
Essa notícia segue a formação de um sindicato de QA com 600 pessoas na Activision no início deste ano. O movimento de sindicalização no time de World of Warcraft começou em 2021, antes da aquisição pela Microsoft, motivado por alegações de assédio e desigualdade no estúdio, conforme relatado pela Bloomberg.
Samuel Cooper, produtor sênior de World of Warcraft, comentou que o objetivo não é atacar a liderança do jogo, mas garantir que as vozes dos funcionários sejam ouvidas. “Queremos evitar que sejamos apenas números em uma planilha“, disse Cooper, destacando a importância de os trabalhadores se sentirem seguros e representados.
Cooper mencionou que muitos funcionários se sentiram temerosos antes, apesar das proteções legais para a organização. A presença contínua da CWA no campus ajudou a reduzir esse medo, dando confiança aos trabalhadores de que não haverá retaliação.
A CWA considera essa vitória um marco importante para os empregados da Blizzard e espera que inspire outros trabalhadores da indústria de videogames a formar sindicatos e elevar as expectativas quanto a salários, benefícios e respeito aos direitos dos trabalhadores.
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