
Maria Egan, a Diretora Global de Música da Riot Games, a empresa por trás de jogos populares como “League of Legends” e “Valorant,” compartilhou insights sobre a interseção entre a indústria da música e o mundo dos videogames e e-sports em uma recente entrevista ao site Music Business Worldwide.
A Riot Games, atualmente controlada pelo gigante tecnológico chinês Tencent, é conhecida não apenas por seus jogos, mas também por seu envolvimento na produção de TV e filmes, incluindo a premiada série animada “Arcane”, lançada na Netflix.
Egan, que se juntou à Riot Games no ano passado vindo da plataforma de criação musical Splice, descreveu a importância da música no cenário de e-sports, onde a audiência demonstra um grande interesse no universo musical. Segundo ela, os eventos de e-sports, como o Campeonato Mundial de “League of Legends”, são comparáveis ao Super Bowl em termos de audiência global.
Ela enfatizou que a música é uma oportunidade de se conectar com essa vasta audiência, destacando o potencial de artistas que colaboram com a Riot Games. Artistas como Imagine Dragons e Lil Nas X já trabalharam com a empresa, tendo suas músicas associadas aos eventos de e-sports.
Egan ressaltou que os fãs de e-sports têm uma afinidade especial com a música, sendo mais propensos a comprar produtos relacionados, assistir a shows e consumir música de forma mais intensa. A Riot Games, ciente desse interesse, tem investido na promoção da música em seus eventos e competições. A cada edição do Campeonato Mundial de “League of Legends”, uma nova música é escolhida como o hino oficial do torneio.
Neste ano, a escolha recaiu sobre o grupo sul-coreano New Jeans, que lançou a música “GODS” em parceria com a HYBE, empresa de entretenimento. Maria Egan destacou a importância de celebrar a cultura sul-coreana, já que a Coreia é um mercado fundamental para a Riot Games.
Egan também ressaltou a necessidade de uma estratégia de envolvimento dos fãs na indústria musical, comparando-a à estratégia de experiência do jogador na Riot Games. Segundo ela, a indústria musical deve focar mais na experiência dos fãs e na construção de uma comunidade ativa, semelhante ao que é visto nos videogames.
Ela apontou a necessidade de centralizar a experiência do fã nas plataformas de streaming de música, a fim de oferecer um ambiente mais coeso para os fãs interagirem com os artistas. Egan enfatizou a importância de tornar a experiência do fã mais dinâmica e envolvente, algo que a música tem a aprender com os videogames.
Além disso, Maria Egan discutiu o potencial de grupos virtuais, como o K/DA, que acumulou mais de um bilhão de streams. Ela destacou o desafio de monetizar esses investimentos, especialmente em um ambiente de streaming, onde os custos de produção podem ser elevados.
Egan também expressou empolgação com as ferramentas de criação musical, como o BandLab e a inteligência artificial geradora, que estão democratizando a produção musical e oferecendo oportunidades a um público mais amplo e diversificado.
A entrevista com Maria Egan revela a crescente importância da música na indústria de e-sports e como a colaboração entre videogames e música pode ser uma via de sucesso para ambos os setores.
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