Há quase um mês após a decisão da Autoridade de Concorrência e Mercados (CMA) bloquear o acordo, a Microsoft apela à rejeição do acordo. O acordo envolve a aquisição da Activision Blizzard, juntamente com a gigante dos jogos móveis King.
Segundo a CMA, a justificativa do bloqueio foi com base na proteção da concorrência de jogos em nuvem. A CMA acredita que a Microsoft teria um poder excessivo na indústria que está em crescimento.
De fato, a Microsoft não foi a pioneira, mas está sendo a mais bem sucedida no ramo. Em contrapartida, a Microsoft assinou vários contratos, anteriormente à decisão da CMA, para assegurar que os jogos de sua aquisição teriam suas licenças entregues gratuitamente à empresas de jogos em Nuvem.
Isso foi levado em consideração pela Comissão Européia, cujo concordou e aprovou o acordo. Por outro lado, a CMA não foi eloquente, deixando vários parlamentares insatisfeitos com suas decisões, incluindo o Chanceler do Tesouro do Reino Unido.
Em vez de supervisionar as atividades de jogos em nuvem da Microsoft, após a decisão, a CMA concluiu que impedir o acordo seria uma medida mais viável.
Microsoft finalmente apela a rejeição
A Microsoft confirmou, de imediato, sua intenção de apelar a rejeição da CMA, dito pelo próprio presidente da Microsoft, Brad Smith. Os advogados da Microsoft apresentaram cinco fundamentos para a apelação.
Um dos fundamentos alega que a CMA cometeu erros factuais ao avaliar os negócios de jogos em nuvem da empresa em termos de conteúdo e participação de mercado.
Em outra argumentação do recurso, informa que a CMA não levou em consideração os contratos assinados com empresas de jogos em nuvem, como GeForce Now, Boosteroid e Ubitus.
O terceiro fundament foi em torno da avaliação da CMA de que os jogos da Activision Blizzard lançariam seus títulso em plataformas independentes. Os advogados da Microsoft classificaram “irracional” a avaliação e informaram que a importância dos jogos de alto orçamento geram em torno da ampla distribuição para outras plataformas e consoles.
Em sua conclusão, o recurso argumenta que a CMA além de não considerar as medidas propostas pela Microsoft, a mesma pode estar causando uma infração por não ir de encontro com a lei.
Dia 30 de maio, amanhã, teremos mais notícias sobre o caso, isso porque será o dia que acontecerá a primeira reunião. Se o recurso for bem-sucedido, o tribunal solicitará uma revisão da decisão da CMA.
Vale lembrar que a Microsoft já pode, oficialmente, concluir a aquisição, mas pouco provavelmente o fará. Nós detalhamos o porquê da Microsoft não concluir a aquisição nesse post.
Ainda, é importante mencionar que se o recurso tiver êxito, a Microsoft terá duas alternativas: deixar de ofertar os seus serviços de jogos em nuvem no Reino Unido ou abandonar complementar a aquisição. Seja qual for o resultado, provavelmente a Microsoft não abandonará a aquisição. Isso porque ela terá que pagar uma multa de US$ 3 bilhões para a Activision Blizzard.
Diretor chefe do website Gamefera. Viciado em jogos desde a época em que jogos ainda eram apenas jogos, ele teve seu primeiro encontro com esse mundo mágico em uma Lan House, que se tornou sua segunda casa. Seu primeiro console de verdade chegou quando ele já tinha os seus 25 anos; aos 12 anos ele já desbravava os limites do seu PC fraquinho, enfrentando Skyrim a 20 FPS como um verdadeiro herói destemido. Nada o impedia de jogar e explorar cada cenário épico que o mundo dos games tinha a oferecer.
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