
Recentemente foi anunciado que a Xbox está fechando quatro de seus estúdios, uma notícia que impactou profundamente a comunidade de desenvolvimento de jogos. Entre os estúdios afetados estão o Arkane Austin, conhecido por Redfall, e o Tango Gameworks. A decisão da Microsoft de encerrar essas operações frustrou diversos profissionais da indústria, que compartilharam suas preocupações sobre o futuro.
Dinga Bakaba, diretor da Arkane Lyon, expressou sua indignação em uma série de publicações no X/Twitter, descrevendo a decisão da Microsoft como “absolutamente terrível“. Bakaba apelou aos executivos, lembrando que “os jogos são uma indústria de entretenimento/cultura, e o trabalho de uma corporação é cuidar de seus artistas/entretenedores e ajudá-los a criar valor“. Ele criticou as práticas que transformam o ambiente de trabalho em “junglas darwinistas” e desumanizam os desenvolvedores em nome do lucro.
Alistair Hatch, Diretor Regional para Norte, Leste e Sul da Europa na Bethesda, também usou o X/Twitter para expressar seus sentimentos de “Raiva. Frustração. Choque. Furor. Sem palavras. Atônito. Perplexo.” em relação às demissões recentes. Adam Boyes, co-CEO da Iron Galaxy Studios, compartilhou uma captura de tela de um artigo que destacava um aumento de 17% na receita da Microsoft, apontando para a aparente contradição entre os lucros elevados e as demissões.
— ᴀᴅᴀᴍ ʙᴏʏᴇs (@amboyes) May 7, 2024
Thomas Mahler, CEO e diretor de jogos da Moon Studios, comentou sobre as razões pelas quais optou por manter sua empresa independente. Ele relembrou os anos 90 e as aquisições de estúdios menores pela EA, enfatizando que nunca permitiria que sua empresa fosse adquirida por um grande editor devido às consequências muitas vezes negativas dessas fusões.
As demissões e o fechamento de estúdios pela Xbox refletem não apenas decisões empresariais internas, mas também têm implicações mais amplas para a indústria de jogos como um todo. Enquanto executivos e empresas buscam maximizar lucros e eficiência, a comunidade de desenvolvedores levanta questões importantes sobre sustentabilidade e ética no tratamento de talentos criativos.
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