
Em 2014, ‘Toda a Luz que Não Podemos Ver’, obra de Anthony Doerr, conquistou o Prêmio Pulitzer e permaneceu por 200 semanas na lista de best-sellers do The New York Times. Adaptação para a tela? Um desafio. E a escolha para o papel de Marie-Laure LeBlanc, uma tarefa ainda mais complexa.
A autenticidade era a palavra de ordem na adaptação desse romance. O desafio? Encontrar a atriz perfeita.
Aria Mia Loberti, estudante de doutorado na Pennsylvania State University, decidiu tentar a sorte no mundo da atuação após o incentivo de uma professora de infância. Sua primeira audição foi para ‘Toda a Luz que Não Podemos Ver’. Com determinação e inteligência, ela superou milhares de concorrentes.
Aria Mia Loberti é legalmente cega devido à achromatopsia, uma condição que afeta a visão de cores. No entanto, sua deficiência nunca a impediu de alcançar seus objetivos acadêmicos. Graduada com a maior das honras em Filosofia (summa cum laude), Comunicação e Ciência Política pela University of Rhode Island, e com um mestrado em Retórica Antiga da University of London, Loberti é uma defensora apaixonada das pessoas cegas e com deficiência visual.
Nell Sutton, uma criança de 7 anos com glaucoma congênito, conquistou o papel da versão infantil de Marie-Laure. Sua atuação prévia em uma campanha nacional para a instituição Guide Dogs a destacou. Sutton cativou os produtores com sua personalidade encantadora.
Segundo Steven Knight, o roteirista responsável pela adaptação, a escolha de atores cegos foi uma decisão moral e criativa. “O fato de ambas as atrizes serem cegas remove uma barreira entre o público e a personagem. Você não está procurando pistas de que é apenas um ato; você sabe que é real. Além de ser virtuoso, é mais eficiente e melhor.“
Joe Strechay, consultor de cegueira, desempenhou um papel fundamental na produção, garantindo um ambiente respeitoso para pessoas cegas e com deficiência. Desde o início, ele colaborou com Aria Mia Loberti para entender suas necessidades no set.
Para o diretor e produtor executivo Shawn Levy, as atrizes foram uma influência diária. Elas trouxeram nuances à personagem de Marie-Laure que atores videntes não imaginariam. O movimento de Aria da porta até sua mesa de transmissão de rádio e o uso do bastão de Nell nas ruas de Paris são exemplos dessas nuances.
A escolha de atores cegos trouxe uma autenticidade inigualável à adaptação de ‘Toda a Luz que Não Podemos Ver’. Aria Mia Loberti e Nell Sutton enriqueceram a história com suas experiências de vida e determinação, proporcionando ao público uma conexão genuína com a personagem de Marie-Laure.
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