A SAG-AFTRA, sindicato representativo dos atores e dubladores, tomou uma decisão controversa ao aprovar o uso de inteligência artificial (IA) para dublagens, através de uma parceria com a Replica Studios. Essa escolha surpreendente tem sido alvo de intensas críticas por parte dos dubladores profissionais em todo o mundo, gerando um clima de insatisfação e desaprovação generalizada.
Nas redes sociais, diversos dubladores renomados expressaram sua frustração. Steve Blum (conhecido por trabalhos em “Mortal Kombat” e “Star Wars”), Elias Toufexis (“Deus Ex”, “Street Fighter”), Yong Yea (“Call of Duty”, “Like a Dragon”) e Allegra Clark (“Spider-Man”, “Apex Legends”) são alguns dos nomes que manifestaram descontentamento, alegando não terem sido consultados sobre essa decisão.
No comunicado oficial da SAG-AFTRA, a entidade mencionou que a parceria com a Replica Studios tem como objetivo “explorar novas oportunidades de emprego” para os dubladores. No entanto, essa declaração foi recebida com ceticismo por muitos no setor, que veem a tecnologia de replicação de voz como uma ameaça aos empregos dos dubladores humanos.
Shreyas Nivas, CEO da Replica Studios, enfatizou que a parceria foi firmada sob uma abordagem ética no uso de IA, garantindo que os dubladores sejam justamente reconhecidos e compensados pelo uso de suas vozes. A empresa se compromete a utilizar apenas vozes licenciadas e com permissão dos atores, diferentemente de outras plataformas que utilizam métodos questionáveis de coleta de dados.
O futuro deste desenvolvimento tecnológico ainda é incerto. Enquanto a SAG-AFTRA aprova e defende junto a Replica Studios que a parceria e utilização de IA beneficiará os dubladores, a comunidade de atores de voz mostra-se amplamente insatisfeita. O desdobramento dessa situação pode levar a uma nova greve de atores ou à normalização dessa prática no setor.
A decisão da SAG-AFTRA de aprovar o uso de IA em dublagens, em parceria com a Replica Studios, abriu um intenso debate no meio artístico. A reação negativa dos dubladores destaca as implicações éticas e profissionais dessa escolha, marcando um momento de incerteza e controvérsia na indústria.
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