
A corrida incessante por gráficos cada vez mais realistas em jogos eletrônicos pode estar prestes a tomar um novo rumo com a recente demonstração de ray tracing sendo executado em uma CPU.
Tradicionalmente, essa tecnologia, conhecida por proporcionar iluminação, sombras e reflexos extremamente realistas, exige GPUs poderosas com processadores dedicados a ray tracing. No entanto, o desenvolvedor Konstantin Seurer mostrou que talvez exista outro caminho, utilizando apenas o processamento da CPU.
Konstantin tem trabalhado na implementação de recursos em uma versão baseada apenas em CPU da biblioteca gráfica Mesa Vulkan, de código aberto. Ao habilitar a função Implement VK_KHR_ray_query, ele abriu possibilidades para que funções de ray tracing possam ser executadas em CPUs, com uma demonstração prática usando o clássico Quake 2.
Apesar da falta de detalhes sobre a especificação do hardware utilizado, fica claro que há um potencial para inovação, embora o desenvolvedor alerte: “Não pergunte sobre o desempenho“, claramente por conta do baixo FPS alcançado no jogo.
O projeto ainda enfrenta desafios, especialmente no que se refere à eficiência e desempenho. Uma captura de tela compartilhada mostra que, no momento do teste, a taxa de quadros estava em apenas 1fps, com 34% de utilização da CPU e 0% da GPU, evidenciando que todo o processamento estava sendo realizado pela CPU.
O motivo pelo qual apenas uma fração da capacidade total da CPU estava sendo utilizada não foi esclarecido, sugerindo que a distribuição de carga entre múltiplos núcleos ainda pode ser um obstáculo.
Embora a viabilidade de rodar jogos com ray tracing exclusivamente em CPUs ainda pareça distante, o trabalho de Konstantin sinaliza um potencial interessante para o futuro dos gráficos em jogos. Os interessados em experimentar esta inovação poderão fazê-lo com o lançamento da versão 24.1 da Mesa, que incluirá as adições de ray tracing de Konstantin após meses em modo de aprovação.
Enquanto o setor aguarda o desenvolvimento dessa tecnologia, jogadores que buscam uma experiência imediata de ray tracing de alta qualidade ainda dependem de GPUs avançadas, como as da série Nvidia GeForce RTX.
No entanto, a possibilidade de executar tais recursos gráficos avançados diretamente em CPUs abre um debate interessante sobre o futuro da computação gráfica e a dependência de hardware especializado. À medida que a tecnologia evolui, resta-nos acompanhar os próximos capítulos dessa inovação potencialmente disruptiva.
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