OpenAI, a empresa por trás do ChatGPT, enfrenta uma série de disputas legais relacionadas a direitos autorais. A companhia está sendo acusada de usar, sem permissão, conteúdos protegidos por direitos autorais para treinar seus modelos de IA.
No mês passado, o “The New York Times” moveu uma ação legal contra a OpenAI e seu apoiador, Microsoft, alegando que ambas as empresas utilizaram seu jornalismo para aprimorar suas ofertas de IA. A “Authors Guild” e outros também apontaram que obras protegidas de mais de 8.000 escritores de ficção e não-ficção foram usadas por várias empresas de IA sem autorização.
OpenAI se defendeu em um post de blog publicado na segunda-feira, alegando que o “The New York Times” não estava contando a história completa. A empresa sugeriu que as “regurgitações” de seus artigos pelo ChatGPT, induzidas pelo próprio jornal, “parecem ser de artigos antigos que proliferaram em vários sites de terceiros“. A OpenAI justificou o uso de material protegido por direitos autorais sob a doutrina de uso justo, argumentando que treinar modelos de IA usando materiais disponíveis publicamente na internet é um uso justo, apoiado por precedentes de longa data e amplamente aceitos.
Além disso, a OpenAI está se engajando em negociações de licenciamento com editoras de notícias. A empresa já estabeleceu parcerias com entidades como a Associated Press e a Axel Springer, empresa-mãe do Business Insider. A OpenAI também incluiu um processo de exclusão para editores que impede que suas ferramentas acessem seus sites.
Sam Altman, CEO da empresa, vem realizando uma ofensiva de charme, reunindo-se com líderes mundiais para explicar a importância da IA e como ela pode beneficiar as economias globais. A empresa admite que é “impossível treinar os modelos de IA líderes de hoje sem usar materiais protegidos por direitos autorais”. Este reconhecimento sugere um desafio contínuo para a OpenAI em equilibrar a inovação em IA com o respeito aos direitos autorais.
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