A Epic Games, uma das maiores desenvolvedoras de jogos do mundo, confirmou a demissão em massa de cerca de 870 funcionários, representando aproximadamente 16% de sua força de trabalho.
A notícia veio à tona no mesmo dia em que a Sega anunciou cortes significativos na Creative Assembly, acrescentando-se ao crescente número de estúdios de desenvolvimento de jogos que enfrentam desafios financeiros em 2023.
Além disso, a Epic Games revelou seus planos de desinvestir na plataforma de áudio Bandcamp e de separar a maior parte de sua equipe SuperAwesome.
Impacto nas Divisões Internas
As consequências dessas demissões reverberaram em várias divisões dentro da Epic Games. Dentre os grupos afetados, destacam-se os 250 indivíduos associados à Bandcamp e SuperAwesome. Essas medidas vieram logo após a Epic Games anunciar aumentos nos preços das V-Bucks, sua moeda virtual.
Até mesmo o estúdio da Epic Games, Mediatonic, responsável pelo popular jogo “Fall Guys,” não escapou das reduções de pessoal.
A Perspectiva do CEO
O CEO e fundador da Epic Games, Tim Sweeney, abordou a situação com realismo e franqueza. Ele reconheceu que a empresa gastou em excesso em relação à sua receita, impulsionado por investimentos na metaverso inspirada em criadores do Fortnite.
Sweeney expressou sua otimismo inicial de que a transição poderia ser administrada sem demissões, mas reconheceu que essa esperança era infundada.
Ele explicou: “Embora o Fortnite esteja começando a crescer novamente, o crescimento é impulsionado principalmente pelo conteúdo dos criadores com uma significativa divisão de receita, o que resulta em margens mais baixas do que tínhamos quando o Fortnite Battle Royale decolou e começou a financiar nossa expansão.” Essa mudança em direção ao ecossistema de criadores exige uma reestruturação substancial da economia da empresa.
Impacto no Desenvolvimento
Cerca de dois terços das demissões na Epic Games vieram de equipes fora do “desenvolvimento central“, afirmou Sweeney. Ele indicou que alguns projetos e iniciativas podem sofrer atrasos devido à falta de recursos. Apesar dos esforços para reduzir custos, como a implementação de uma “contratação líquida zero” e a diminuição de gastos com marketing e eventos, as demissões se tornaram a única solução viável para estabilizar as finanças da empresa.
Projeto Liberty e Batalhas Legais
Vale ressaltar que a Epic Games não reduziu seus gastos no Projeto Liberty, uma batalha legal contra os gigantes da tecnologia, Apple e Google. Sweeney enfatizou a importância desse esforço para garantir um metaverso próspero e oportunidades para a Epic e outros desenvolvedores.
Ele acrescentou: “Dizer adeus às pessoas que ajudaram a construir a Epic é uma experiência terrível para todos. A consolação é que estamos adequadamente financiados para apoiar os funcionários demitidos.“
Apoio aos Funcionários Afetados
A Epic Games está oferecendo aos desenvolvedores afetados um generoso pacote de indenização de seis meses e mais seis meses de benefícios de saúde pagos pela Epic. Além disso, a empresa está acelerando o prazo de aquisição de opções de ações e estendendo o período de exercício dessas opções por dois anos para esses funcionários. Nos Estados Unidos, os funcionários afetados podem adquirir qualquer parcela não ganha do lucro compartilhado em seus planos de 401(k).
Olhando para o Futuro
Sweeney concluiu com uma nota otimista, afirmando que as perspectivas da Epic Games para o futuro permanecem fortes. O principal objetivo agora é recuperar a lucratividade e estabelecer-se como uma das principais empresas do metaverso. Embora as demissões sejam indiscutivelmente desafiadoras, a Epic Games está comprometida em traçar um caminho em direção a um futuro mais promissor.
A indústria de videogames de 2023 tem sido marcada por demissões significativas, afetando vários players importantes, incluindo a Epic Games, a Microsoft e outros.
À medida que esses estúdios se adaptam às mudanças nas dinâmicas de mercado, a comunidade de jogadores observa de perto, esperando por um ressurgimento da criatividade e inovação.
Diretor chefe do website Gamefera. Viciado em jogos desde a época em que jogos ainda eram apenas jogos, ele teve seu primeiro encontro com esse mundo mágico em uma Lan House, que se tornou sua segunda casa. Seu primeiro console de verdade chegou quando ele já tinha os seus 25 anos; aos 12 anos ele já desbravava os limites do seu PC fraquinho, enfrentando Skyrim a 20 FPS como um verdadeiro herói destemido. Nada o impedia de jogar e explorar cada cenário épico que o mundo dos games tinha a oferecer.
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