
As autoridades reguladoras chinesas anunciaram uma série de propostas que visam restringir incentivos em jogos, num esforço para combater práticas consideradas predatórias no design de jogos digitais. Se aprovadas, essas novas regulamentações proibirão microtransações, recompensas por logins frequentes e compras de ativos especulativos dentro dos jogos.
Os reguladores focam especialmente em limitar os gastos excessivos dentro do jogo, estabelecendo um teto para valores que os jogadores podem adicionar às suas “carteiras” virtuais e eliminando recompensas para jogadores que efetuam compras frequentes. A Administração Nacional de Imprensa e Publicação da China está por trás desta iniciativa, que ainda passará por um período de comentários públicos antes de ser finalizada.
A indústria de jogos, representada por gigantes como Tencent e NetEase, já sentiu o impacto das propostas, com ações caindo após o anúncio. No entanto, uma concessão foi proposta para acelerar a aprovação de novos jogos, reduzindo o período de revisão de três a oito meses para 60 dias.
Internacionalmente, a atenção sobre o design de jogos que incentivam hábitos formadores, como caixas de saque (ou caixas surpresa), tem aumentado. Reguladores em países como Bélgica, Holanda e até no estado do Havaí nos EUA têm tomado medidas para limitar ou banir essas práticas, citando preocupações com o vício e riscos financeiros associados a esses modelos de negócios.
Os residentes da China têm até o dia 22 de janeiro de 2024 para submeter seus comentários sobre a proposta, após o qual a Administração se compromete a analisar as preocupações e ajustar as medidas conforme necessário. A iniciativa reflete um crescente escrutínio global sobre as práticas de monetização em jogos e sinaliza possíveis mudanças significativas na forma como a indústria opera, tanto na China quanto internacionalmente.
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