A Netflix acaba de lançar uma das obras mais aguardadas e comoventes do ano, “A Sociedade da Neve”, uma dramatização fiel de um dos mais trágicos e inspiradores eventos de sobrevivência na história recente. O filme, dirigido pelo aclamado cineasta J.A. Bayona, relata a incrível história de sobrevivência dos passageiros do voo da Força Aérea Uruguaia 571, que se acidentou nos Andes em 1972.
A trama segue a trajetória de um time de rugby uruguaio, junto com familiares e apoiadores, que, em uma viagem para um jogo no Chile, enfrentam um destino impensável. O avião, perdendo as asas ao colidir com um cume montanhoso, cai sobre um glaciar, a 12.000 pés de altitude, dando início a um angustiante período de 72 dias de sobrevivência em condições extremas.
Diferente de outras histórias de sobrevivência que exploram o lado sombrio da natureza humana, “A Sociedade da Neve” foca na união e na força coletiva dos sobreviventes. O filme, embora retrate a dura realidade da fome e da luta pela vida, é essencialmente uma narrativa sobre a resistência humana e a solidariedade em circunstâncias desesperadoras.
Bayona, que já demonstrou seu talento em capturar histórias de sobrevivência com “O Impossível”, mergulhou profundamente na experiência dos sobreviventes. Antes de iniciar as filmagens, os produtores realizaram mais de 100 horas de entrevistas com os 15 sobreviventes ainda vivos, todos com mais de 70 anos, bem como com familiares dos que pereceram no acidente.
Pela primeira vez, os sobreviventes e as famílias dos falecidos autorizaram o uso de seus nomes reais na dramatização. O elenco, escolhido através de um chamado aberto no Uruguai e na Argentina, consiste em jovens atores, muitos ainda desconhecidos, que se prepararam intensamente para os papéis, inclusive perdendo peso sob supervisão médica para retratar fielmente as condições físicas dos personagens reais.
“A Sociedade da Neve” tem sido elogiada por sua sensibilidade ao tratar aspectos difíceis da história, como o canibalismo, enfocando mais nas emoções humanas e na complexidade da situação do que em cenas explícitas.
O filme já vem recebendo aclamação crítica, com Guy Lodge da Variety o descrevendo como um “drama emocionante e eficaz”. Pete Hammond, da Deadline, elogia a obra por mostrar “como a humanidade se une nas piores circunstâncias”.
Este comovente retrato cinematográfico já figura entre os indicados ao Oscar de Melhor Filme Internacional e tem recebido diversos prêmios e nomeações em importantes cerimônias de premiação cinematográfica, consolidando “A Sociedade da Neve” como uma obra marcante e inspiradora.
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